Operação Mute: 52 celulares apreendidos em pente-fino em estabelecimento penal

No primeiro dia da segunda fase da Operação Mute, realizada no Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho”, um intenso pente-fino resultou na apreensão de 52 celulares. Esta operação, coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e presente em 58 prisões até meados de dezembro, visa combater o crime organizado. A Operação Mute, que está em sua segunda fase, tem como objetivo retirar de circulação os aparelhos celulares que facilitam a comunicação e controle do crime organizado dentro das prisões.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul (Sinsapp/MS), André Santiago, defende há tempos a regulamentação da Polícia Penal. Ele ressalta a complexidade do problema, atribuindo a entrada de aparelhos telefônicos nas unidades prisionais à falta de investimento em políticas públicas.

Santiago aponta a vulnerabilidade de presídios em áreas urbanizadas, como o do Noroeste, onde é fácil arremessar materiais para dentro do complexo. Ele questiona a necessidade de corrupção quando as condições já facilitam a entrada de objetos proibidos.

Durante as vistorias diárias, além dos celulares, uma variedade de materiais é encontrada pelas equipes. Santiago destaca a falta de investimento em segurança, mencionando a ausência de servidores e recursos, como scanners corporais e telas nos solários, para impedir a entrada desses materiais.

A precarização do sistema prisional é evidente para Santiago, que aponta a sobrecarga de funções dos policiais penais, a falta de capacitação adequada e a escassez de efetivo como causas do caos nas unidades. Ele ressalta a situação crítica de presídios que abrigam detentos de alta periculosidade, algumas vezes deixados desguarnecidos por longos períodos.

O presidente do sindicato enfatiza que os servidores não devem ser culpabilizados pela falta de estrutura, reiterando que situações específicas são prontamente investigadas.

A regulamentação da Polícia Penal, uma luta da categoria, segundo Santiago, busca ampliar o poder de combate ao crime organizado. No entanto, ele destaca a necessidade urgente de o Estado liderar essa regulamentação para proporcionar condições de trabalho adequadas.

A Operação Mute, que está em sua segunda fase, tem como objetivo retirar de circulação os aparelhos celulares que facilitam a comunicação e controle do crime organizado dentro das prisões. Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, essa operação tem sido uma resposta incisiva ao problema, mobilizando policiais penais em todo o país.

Em Mato Grosso do Sul, a primeira etapa resultou na apreensão de 187 celulares em diversas unidades prisionais, evidenciando a necessidade contínua de ações para conter essa realidade preocupante.

Jornalista, fotógrafo, editor chefe do portal InterativoMS e apaixonado por inovação e política.

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