Uma jovem de 21 anos foi detida em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, acusada de negligenciar uma cadela em um estado verdadeiramente alarmante de subnutrição. O caso, que chocou a população, foi trazido à tona pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (DECAT) na manhã de segunda-feira (02).
As imagens são perturbadoras. O animal estava com a pele descamando, unhas extremamente compridas e diversas feridas por todo o corpo. Uma das feridas na parte dianteira esquerda da cadela chegava a expor os ossos e estava infestada de larvas. Além disso, mais três animais eram mantidos no mesmo ambiente insalubre, sofrendo com uma infestação de carrapatos que colocava em risco suas vidas.
O que choca ainda mais é que a jovem responsável por esses animais alegou estar tratando das feridas da cadela, mas não conseguiu apresentar qualquer evidência disso. Não havia medicamentos, nome de um médico veterinário responsável ou mesmo a simples carteira de vacinação do animal.
A ação rápida da DECAT salvou a cadela da situação terrível em que se encontrava. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) foi acionado e o animal foi imediatamente recolhido para receber o tratamento adequado. Além disso, a Perícia Científica esteve no local para documentar as condições em que os animais eram mantidos.
A autora dessa crueldade foi presa em flagrante e agora enfrenta as consequências de seu ato repugnante. Ela foi autuada por maus-tratos qualificados, um crime que prevê uma pena de 2 a 5 anos de reclusão, multa e a proibição da guarda de animais. A justiça deve ser implacável nesse caso, enviando uma mensagem clara de que a sociedade não tolerará crueldade contra seres indefesos.
Este incidente é um triste lembrete de que a proteção dos animais é uma responsabilidade de todos nós. Devemos denunciar casos de maus-tratos sempre que os encontrarmos e garantir que os culpados enfrentem as consequências de suas ações. Só assim poderemos criar um ambiente seguro para todos os animais e garantir que a justiça prevaleça.