Idosa atacada com machado, agonizou sozinha por 18h antes de receber socorro

Uma terrível agressão chocou a região do distrito do Alto Santana, onde uma idosa de 73 anos foi vítima de um ataque brutal na última segunda-feira (08). O crime, que ocorreu em um sítio afastado, deixou a vítima agonizando por 18 longas horas antes de receber socorro. Três pessoas teriam testemunhado o crime, mas não acionaram a Polícia.

Segundo relatos da delegada Eva Maira, a vítima foi encontrada com um grave ferimento na cabeça, resultado de um golpe de machado, e foi socorrida em estado gravíssimo em um carro funerário até a Santa Casa de Paranaíba.

“Como a viatura da funerária era muito similar a uma ambulância decidimos levar ela ali mesmo, não ia dar tempo de chamar o Corpo de Bombeiros, a propriedade fica a 22 quilômetros da cidade. Pegamos um colchão da casa, colocamos na viatura e levamos ela para o hospital”, contou Eva Maira.

Apesar da gravidade dos ferimentos, a idosa deu entrada no hospital e foi prontamente atendida. No entanto, sua condição é crítica, com a massa encefálica exposta, e ela permanece internada e entubada.

“Ela estava em um lugar, exposta ao sol, passou a noite toda ali, cerca de 18 horas. Quando chegamos perto, ela mexeu o braço e notamos que ainda estava viva”, relatou a delegada.

A descoberta do crime só aconteceu no dia seguinte, quando as equipes da Polícia Civil chegaram à propriedade rural, onde encontraram a vítima ainda com vida. Enquanto parte da equipe acompanhava a idosa no hospital, outra parte iniciou a investigação.

Surpreendentemente, a polícia identificou que três pessoas testemunharam o crime, mas nenhuma delas acionou as autoridades. “Descobrimos que três pessoas viram o crime, mas nenhuma delas avisou a polícia”, declarou a delegada Eva Maira.

De acordo com as investigações, o desentendimento sobre a venda do sítio teria sido o estopim para o ataque. A vítima, que era sócia do genro, foi atacada enquanto estava de costas, segurando diversos objetos. Após o ocorrido, as testemunhas deixaram o local sem acionar a polícia, acreditando que alguém já teria feito o aviso.

A polícia ressaltou que, embora ninguém seja obrigado a se colocar em risco, as testemunhas tinham o dever de informar as autoridades sobre o crime após se afastarem do local. Agora, além de esclarecer os detalhes do incidente, a delegacia especializada procura identificar os dois homens que presenciaram o ataque e não procuraram ajuda.

As investigações continuam para elucidar os detalhes do caso e as testemunhas serão identificadas, podendo responder por omissão diante do crime hediondo.

Jornalista, fotógrafo, editor chefe do portal InterativoMS e apaixonado por inovação e política.

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