Após duas décadas de espera, a justiça finalmente emitiu sentenças para Eliezer Vieira Povoas, Rogério de Oliveira Figueira e Wilson Silva Corte, condenados por decapitar Izalino Alves durante uma rebelião no Estabelecimento Penal de Paranaíba em 2002.
Em fevereiro de 2002, uma rebelião que durou 25 horas tomou conta do presídio, resultando na decapitação de Izalino Alves pelos condenados. O motim, liderado por Eliezer Vieira Povoas, Rogério de Oliveira Figueira e Wilson Silva Corte, causou ainda a queima de Fábio Antônio Alves e danos significativos ao presídio, resultando em um prejuízo de R$ 150 mil ao Estado.
Detalhes do Motim:
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul denunciou os responsáveis em maio de 2007. O motim começou às 17 horas do dia 10 de fevereiro, quando os condenados e outros oito internos perturbaram a ordem da prisão. Facas artesanais foram usadas para dominar agentes penitenciários, desencadeando a destruição do presídio.
Atos Criminosos:
Além de quebrar móveis, portas e janelas, os detentos atearam fogo em colchões, destruindo instalações elétricas e hidráulicas. Um agente penitenciário e oito presos foram trancados em uma cela, enquanto Fábio foi jogado nas chamas, sofrendo queimaduras graves.
Homicídio e Sentença:
Na madrugada do dia 11 de fevereiro, Eliezer, Rogério e Wilson decapitaram Izalino como uma demonstração de força durante as negociações do fim do motim. O julgamento ocorreu na última terça-feira, resultando em sentenças severas: Eliezer recebeu 36 anos de prisão, Rogério 32 anos e Wilson 28 anos, todos em regime fechado e sem benefícios substitutivos.
Outros Envolvidos:
O juiz Edimilson Barbosa Ávila registrou que sete envolvidos tiveram a punibilidade extinta ou foram impronunciados, enquanto o oitavo morreu antes da denúncia.
A condenação encerra um capítulo sombrio de violência no sistema prisional, trazendo justiça após anos de espera.