O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, declarou nesta segunda-feira, 18 de agosto, que está disposto a se reunir pessoalmente com o líder russo, Vladimir Putin, para negociar o fim da guerra que já dura mais de três anos. Segundo o ucraniano, os Estados Unidos e líderes europeus podem desempenhar um papel crucial para viabilizar o encontro.
Durante reunião na Casa Branca, Zelenski afirmou que uma participação do ex-presidente americano Donald Trump nas negociações não está descartada, dependendo do resultado da conversa com Putin. O encontro contou ainda com representantes da União Europeia, que manifestaram apoio ao presidente ucraniano.
Apesar da sinalização positiva de Zelenski, não está claro se Putin aceitaria a reunião bilateral. De acordo com Yuri Ushakov, assessor de política externa do Kremlin, Putin e Trump tiveram uma conversa telefônica considerada “franca e construtiva” sobre o tema. O termo diplomático indica que houve divergências, mas também abertura para avançar.
Trump informou ao presidente russo sobre as discussões realizadas com Zelenski e líderes europeus em Washington. Durante a reunião, Trump apresentou um mapa com a linha de frente do conflito e as áreas sob controle russo. Zelenski, no entanto, declarou que não concorda plenamente com os números apresentados.
Outro ponto abordado foi a compra de armas. O presidente ucraniano afirmou que a Ucrânia negocia a aquisição de até US$ 90 bilhões em equipamentos militares dos Estados Unidos, além de um acordo para fornecimento de drones ucranianos ao mercado americano.
Embora não haja definição sobre um encontro direto entre Zelenski e Putin, o avanço das conversas em Washington reforça os esforços internacionais para encerrar a guerra. Ainda assim, persistem dúvidas sobre a disposição do Kremlin em aceitar negociações bilaterais e sobre o papel dos EUA como mediadores.
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