O prazo para a declaração do Imposto de Renda está chegando ao fim, e muitos contribuintes ainda têm dúvidas sobre o que precisam declarar para evitar cair na temida malha fina. Dentre os itens que mais geram questionamentos na hora de preencher a declaração estão os rendimentos provenientes de investimentos em ações, títulos e até mesmo os ganhos obtidos por meio de trabalho em aplicativos.
A omissão de ganhos na declaração é um dos principais motivos para as retenções na malha fiscal. Isso ocorre especialmente com rendimentos eventuais provenientes de trabalhos temporários ou serviços prestados de forma esporádica.
Caso o contribuinte se enquadre em uma das regras que o obriguem a declarar o Imposto de Renda, é necessário informar os ganhos recebidos de Pessoas Jurídicas (como salários e benefícios trabalhistas), pensões, aposentadorias, investimentos, valores recebidos do exterior e até mesmo alguns valores recebidos de pessoas físicas.
É importante ressaltar que os ganhos obtidos por dependentes também devem ser declarados. Mesmo filhos menores que realizam trabalhos temporários e recebem remuneração devem ter seus rendimentos informados na declaração.
Em relação aos investimentos em bolsa de valores, declarar os ganhos provenientes dessas aplicações pode ser uma tarefa complexa. Enquanto alguns rendimentos, como os provenientes da poupança e de certas modalidades de renda fixa, são isentos e devem ser declarados como tal, outros podem estar sujeitos à cobrança de impostos.
No ano de 2023, uma das principais mudanças está relacionada à declaração dos ganhos em bolsa de valores. Essa mudança tem gerado dúvidas em alguns contribuintes, que questionam como devem proceder ao declarar seus investimentos.
De fato, nem todos os investidores em ações precisam declarar o Imposto de Renda. Não estarão obrigados a entregar a declaração aqueles contribuintes que adquiriram ações ou outros ativos negociados em bolsa e não venderam nada em 2022, ou, caso tenham vendido, o valor total das vendas não tenha ultrapassado R$40 mil ao longo do ano ou, ainda, tenham sido isentos durante todos os meses de 2022. É essencial que o contribuinte conheça os critérios de obrigatoriedade antes de decidir se precisa ou não declarar suas ações no imposto de renda anual.
Para aqueles que precisam declarar, é importante contar com documentos consolidados para evitar erros nos valores informados. O contribuinte deve basear-se nas informações contidas nas notas de corretagem das operações realizadas em 2022, nos documentos de arrecadação de receitas durante o ano, nos informes de rendimentos das empresas nas quais investiu, nos extratos bancários contendo as movimentações e utilizar também seu próprio controle pessoal das operações como apoio auxiliar.
