Em um encontro na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou ao lado do líder ucraniano Volodymyr Zelensky que acredita ser possível alcançar um acordo para o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. Durante coletiva de imprensa, Trump revelou que pretende ligar para Vladimir Putin após a reunião e sugeriu um encontro trilateral para negociar a paz.
“Não tenho dúvidas de que chegaremos a um acordo de paz. Temos sete líderes de grandes países e falaremos sobre isso”, afirmou Trump, reforçando que o presidente russo estaria aguardando uma ligação para avançar nas tratativas.
Apesar do otimismo, o republicano admitiu que não há garantias de sucesso. Para ele, contudo, Putin também demonstra interesse em encerrar o conflito. Zelensky, que compareceu de terno preto, reforçou que a Ucrânia está aberta a conversas trilaterais, mas descartou qualquer possibilidade de ceder territórios já anexados pela Rússia.
O encontro em Washington reuniu ainda líderes europeus, como Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Mark Rutte (Otan), além de representantes do Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Finlândia. A reunião ocorreu dois dias após Trump se encontrar com Putin no Alasca, em uma cúpula que, embora não tenha produzido acordo imediato, foi classificada como “produtiva” pelos dois líderes.
Enquanto Trump busca costurar um cessar-fogo, ataques russos seguem intensos na Ucrânia. Nesta segunda-feira, ofensivas em Kharkiv e Zaporizhzhya deixaram ao menos 10 mortos e dezenas de feridos.
Analistas europeus temem que Washington pressione Kiev a aceitar condições favoráveis a Moscou, congelando o conflito e reconhecendo, mesmo informalmente, o controle russo sobre parte do território ucraniano. Trump, por sua vez, minimizou as preocupações e disse que caberá à Ucrânia decidir os termos de um eventual acordo.
Com a guerra ultrapassando dois anos e sem sinais claros de cessar-fogo, a possibilidade de um encontro a três entre Trump, Zelensky e Putin reacende esperanças, mas também levanta dúvidas sobre o futuro da soberania ucraniana e da segurança europeia.
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