Tarifaço de Trump pode não abalar muito a economia de Mato Grosso do Sul

Tarifaço de Trump pode não abalar muito a economia de Mato Grosso do Sul

Tarifaço de Trump pode não abalar a economia de Mato Grosso do Sul, segundo aponta o relatório Comex de junho de 2025, elaborado pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de MS). O documento destaca que apenas 5,97% das exportações sul-mato-grossenses tiveram os Estados Unidos como destino no primeiro semestre deste ano.

De um total de 5,2 bilhões de dólares exportados por Mato Grosso do Sul, cerca de 315 milhões foram para os EUA, o que coloca o país norte-americano como segundo maior comprador do Estado. No entanto, a China se mantém como o principal parceiro comercial da região, com aquisições de 2,4 bilhões de dólares — representando 47% das vendas externas de MS.

Tarifaço de Trump pode não abalar a economia de Mato Grosso do Sul, especialmente porque o principal produto exportado atualmente, a celulose, tem como maiores compradores a China, a Itália e a Holanda. Os Estados Unidos, inclusive, não aparecem entre os três principais destinos desse item, que corresponde a 32,68% do volume total exportado pelo Estado, somando 1,7 bilhão de dólares e registrando crescimento de 65,2% em relação ao ano anterior.

O relatório também evidencia o crescimento da participação de países como Argentina, Itália e Uruguai nas exportações sul-mato-grossenses. A Argentina, por exemplo, comprou 216 bilhões de dólares do Estado, o que representa 4,11% do total e coloca o país liderado por Javier Milei próximo do segundo lugar ocupado pelos EUA.

A medida anunciada por Donald Trump, que estabelece tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, foi comunicada em carta direcionada ao presidente Lula. Em resposta, o governo brasileiro afirmou que adotará medidas com base na Lei de Reciprocidade Econômica.

Apesar da repercussão do anúncio, os dados indicam que a estrutura atual das exportações de Mato Grosso do Sul oferece certo grau de proteção frente às oscilações do mercado americano, principalmente no setor da celulose.

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Jornalista, fotógrafo, editor chefe do portal InterativoMS e apaixonado por inovação e política.

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