Foragido pelo feminicídio da ex-mulher, de 37 anos, na noite de sexta-feira (4) em Campo Grande, homem de 42 anos já havia sido julgado por assassinar a ex-sogra, em 2018. Wantuir Sonchini da Silva foi considerado inimputável na época, por ter doença mental, e ficou internado, mas saiu em setembro deste ano.
Segundo a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), a vítima de 37 anos foi encontrada morta com aproximadamente 19 facadas na região do ombro, tórax e braço. Testemunhas que estavam no local chegaram a ver a mulher discutindo com um homem momentos antes.
Em investigações, a Polícia Civil identificou que a vítima tinha medida protetiva contra Wantuir, que estava detido desde 2018, mas foi colocado em liberdade em setembro. Já no mês passado, ela registrou boletim de ocorrência contra o ex-marido. Isso, porque eles se reaproximaram, por conta dos filhos, mas quando ela disse que não pretendia reatar, passou a ser perseguida e ameaçada pelo ex.
Wantuir e a ex-mulher se separaram no dia 6 de dezembro de 2018, após ele agredir e ameaçar a esposa, que estava grávida de 5 meses na época. A vítima saiu de casa e pediu medida protetiva após registrar boletim de ocorrência contra o ex-marido. Em depoimento ela contou ao júri que saiu de casa porque a filha estava com medo de Wantuir.
Naquele dia 24 de dezembro a filha teria pedido para falar com o pai e a mãe emprestou o celular para ela mandar WhatsApp. Após a conversa, Wantuir foi até a casa da ex-sogra Alzai Bernardo Lopes, 58 anos, porque achou que a filha dele estaria lá. Segundo ele, ele invadiu a residência pulando o muro porque sabia que a mulher não o deixaria entrar na casa.
Já na residência, Wantuir e Alzai teriam discutido. Ao júri, ele falou que a mulher disse para ele que ele não veria a filha nunca mais, quando ele a agrediu. Ele ainda alegou que não sabia que tinha matado a ex-sogra e que fugiu da casa após asfixiar a vítima e achar que ela tinha desmaiado.
Pela ameaça qualificada por violência doméstica, Wantuir cumpriu pena de dois meses e 20 dias. Ele agora é julgado pelo homicídio qualificado por asfixia, mas no júri foi considerado inimputável.
Fonte: MidiaMax