O secretário municipal de Administração de Iturama e o dono de um posto de combustíveis foram presos temporariamente na manhã desta quinta-feira (21) durante a Operação ‘Tanque Cheio’, que investiga desvio de recursos públicos da Prefeitura de Iturama e crime de falsidade ideológica de documentos.
A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberaba em parceria com as Promotorias de Justiça e a Polícia Militar (PM) de Iturama.
Além do secretário e o proprietário do posto de combustível, outro secretário municipal de Governo de Iturama, também é alvo da investigação por ser suspeito de participar do esquema. Ele não havia sido encontrado até a publicação desta reportagem.
O G1 tentou contato com a assessoria da Prefeitura de Iturama, mas as ligações não foram atendidas até o momento. A reportagem também não conseguiu contato da defesa do dono do posto. A produção do MG1 entrou em contato com o procurador-geral do Município, Ebdon Apolinário, que disse que já está acompanhando o caso.
A suspeita é que desde janeiro de 2018 eles falsificavam documentos para justificar supostos gastos do Município com abastecimentos de viaturas da Polícia Militar (PM). Porém, apesar da existência de convênio, foi apurado que esses abastecimentos nunca foram feitos, porque a sede da PM de Iturama tem um posto instalado para abastecer as viaturas com recursos do Estado, e não da Prefeitura.
Além dos três mandados de prisão temporária expedidos pela 2ª Vara de Iturama, também são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão – na Prefeitura, no posto de combustíveis e nas casas do secretário e do dono do posto de combustível. Celulares, computadores, documentos e dinheiro foram apreendidos.
O total do prejuízo com o esquema está em levantamento.
Investigação
Segundo o promotor José Cícero Barbosa da Silva Júnior, coordenador do Gaeco, a investigação começou no final de 2018, quando em novembro o prefeito de Iturama, Anderson Golfão (MDB), comentou em um programa ao vivo na rádio que um dos motivos da crise econômica da cidade envolvia a necessidade de abastecer viaturas da PM.
“Essa informação gerou suspeita e então resolvemos apurar. No levantamento de informações, descobrimos que o esquema envolvia havia documentos falsos e também foi confirmado que não houve abastecimentos no posto de combustíveis. Então foram pedidas as prisões temporárias dos secretários e do dono do posto e também os mandados de busca e apreensão”, explicou o promotor.
Fonte: G1