Por que Collor foi preso? Entenda a decisão de Moraes

O ex-presidente Fernando Collor foi preso nesta sexta-feira, 25, por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes. A ordem, cumprida pela Polícia Federal em Maceió às 4h, surge após a rejeição de recursos considerados “protelatórios” pela Corte. Collor foi condenado a 08 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Mas o que levou a essa decisão histórica? Descubra os detalhes que mobilizam o país.

Crimes e penas: os números que selaram o destino de Collor

Segundo o STF, Collor recebeu R$ 20 milhões em propinas da UTC Engenharia entre 2010 e 2014, quando era senador. Em troca, facilitou contratos irregulares com a BR Distribuidora. A condenação inclui:

    04 anos e 04 meses por corrupção passiva (mais 45 dias-multa).

    04 anos e 06 meses por lavagem de dinheiro (mais 45 dias-multa).

    Além disso, ele está proibido de exercer cargos públicos e gerir empresas financeiras. Surpreendentemente, o ex-presidente ainda pode ser solto: os 11 ministros do STF avaliam hoje em plenário virtual se mantêm ou revogam a prisão.

Por que a prisão ocorreu agora?

Condenado em maio de 2023, Collor evitou a prisão com recursos até que Moraes classificou o último pedido da defesa como “meramente protelatório”. “Há intenção procrastinatória”, afirmou o ministro. A sessão emergencial do STF, iniciada às 11h desta sexta, definirá o desfecho final.

E a defesa? Alega surpresa e questiona legalidade

Em nota, a equipe jurídica de Collor contestou a decisão, destacando que “há cabimento para o recurso” e que temas como prescrição ainda não foram analisados. “A maioria da Corte reconhece o direito ao apelo”, argumentaram.

Onde está Collor agora?

Ele aguarda na Superintendência da PF em Maceió transferência para Brasília. Enquanto o país acompanha o plenário do STF, uma pergunta ecoa: a prisão será mantida? A resposta pode redefinir o legado de um dos casos mais emblemáticos da Justiça brasileira.

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