A Polícia Federal deflagrou, a Operação Rapax, que visa combater o tráfico de pessoas. A ação ocorreu em Paranaíba e outros três estados brasileiros, com mandados de busca e apreensão cumpridos em diferentes locais, nesta quinta-feira, 26 de setembro.
Durante a operação, foram emitidos seis mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás e Paraná. A Europol, além das polícias da Croácia e Bélgica, apoiaram a ação contra a quadrilha.
A investigação revelou que o grupo criminoso aliciava e recrutava mulheres brasileiras para exploração sexual e trabalho forçado na Europa, especificamente na Croácia e na Bélgica. As mulheres traficadas tinham seus documentos retidos e eram forçadas a pagar dívidas às cafetinas.
Em Paranaíba, a PF cumpriu um mandado de busca em uma empresa de contabilidade suspeita de lavar dinheiro para a organização criminosa. Foram apreendidos computadores e celulares no local. O responsável pela empresa não teve a identidade revelada.
Além das buscas, foi executado um mandado de prisão preventiva. Também foram bloqueados valores e carteiras de criptomoedas, totalizando até R$ 26 milhões. Outras medidas cautelares foram impostas aos investigados.
As autoridades afirmaram que a organização utilizava empresas de fachada e laranjas para realizar a lavagem do dinheiro. O grupo também estava envolvido em fraudes financeiras. As investigações continuarão com base no material apreendido.
A Bélgica, país envolvido nas investigações, descriminalizou o trabalho sexual, tornando-se um destino atrativo para o tráfico de pessoas. Estima-se que cerca de 25 mil trabalhadores do sexo atuem no país, sendo muitos recrutados no Brasil.
Denúncias de mulheres aliciadas para exploração sexual em Bruxelas reforçam as evidências contra a quadrilha. Algumas vítimas relataram maus-tratos e abusos por parte de clientes e agenciadores, além de dívidas acumuladas com cafetinas.
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