Pedidos de reembolso por golpes do Pix sobem 98% em 2024, segundo dados do Banco Central. O MED (Mecanismo Especial de Devolução), criado para ressarcir vítimas de fraudes, o sistema portanto registrou 4,955 milhões de solicitações no ano passado. Em 2023, foram 2,5 milhões, e em 2022, 1,5 milhão.
Dos quase 5 milhões de pedidos, apenas 31% foram aceitos total ou parcialmente. No entanto em 2024, o percentual de aprovação caiu para 09%. O Banco Central atribui a baixa eficácia à falta de saldo nas contas dos fraudadores ou ao encerramento das contas.
O que está acontecendo?
Quando uma vítima identifica uma fraude, ela pode solicitar o estorno ao banco em até 80 dias após a transação. No entanto, o sucesso depende do saldo disponível na conta do golpista. Marcia Netto, presidente da Silverguard, reforça a importância de agir rapidamente.
Pedidos de reembolso por golpes do Pix sobem 98% em 2024
A facilidade de abrir e fechar contas contribui para o aumento dos golpes. A Febraban afirma usar ferramentas de validação de dados e biometria, mas criminosos frequentemente utilizam informações reais roubadas. Renato Tocaxelli, especialista em cibersegurança, explica que os golpistas transferem o dinheiro rapidamente para várias contas, dificultando o rastreamento.
Outras falhas no sistema
Mesmo com pedidos rápidos, muitos bancos não dão prosseguimento às solicitações. Portanto Marcia Netto destaca que atendentes humanos muitas vezes não avançam com o processo. Para agilizar, o Banco Central lançou um sistema de autoatendimento para o MED, permitindo que vítimas abram solicitações diretamente no aplicativo do banco.
Tipos de golpes mais comuns
Estima-se que o Brasil registre entre 10 e 15 milhões de golpes com Pix por ano. As fraudes mais comuns envolvem vendas falsas (45%), ofertas de investimentos (15%) e empréstimos sob falsa identidade (10%). A Silverguard aponta que o prejuízo médio por vítima é de R$ 2,1 mil.
Como se proteger
Para evitar golpes, é essencial proteger informações pessoais e verificar os dados do destinatário antes de confirmar transações. A ANPD suspendeu a “compra de íris” em São Paulo, prática que poderia facilitar fraudes. Renato Tocaxelli alerta que vazamentos de dados biométricos podem ser usados para abrir contas falsas.
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