Nova geração de automóveis promete média de 250 km/l, volta e meia, o meme de um Tesla sendo recarregado emergencialmente por um gerador a diesel é usado como crítica aos carros elétricos. No entanto, a ideia de queimar combustível para gerar eletricidade pode fazer sentido em alguns casos.
O carro elétrico com extensor de autonomia (REEV) está se popularizando rapidamente. Esse motor, ao contrário de mover as rodas, mantém a tração 100% elétrica nos veículos REEVs.
O já descontinuado BMW i3, vendido no Brasil entre 2014 e 2024, utilizava essa estratégia. Ele tinha um motor elétrico de 170 cv no eixo traseiro que unicamente tracionava o veículo. Além disso, oferecia um motor de scooter a gasolina na frente, que exclusivamente recarregava a bateria.
Nova geração de automóveis promete média de 250 km/l
Nos REEVs, o motor-gerador opera em rotação constante. Isso contrasta com o carro convencional, que enfrenta frenagens e acelerações diárias. Dessa forma, é possível escolher uma faixa de rotação para maximizar o aproveitamento energético.
O gerador previne a perda de energia causada por atrito e calor na transmissão. Como resultado, a gasolina rende mais e as emissões de poluentes diminuem.
Recentemente, outras montadoras têm apostado nos REEVs. Por exemplo, a Leapmotor, prestes a estrear no Brasil e parte da Stellantis, apresentou em dezembro o C10 REEV, um SUV com porte comparável ao Jeep Commander.
O C10 REEV possui um propulsor elétrico de 218 cv e um gerador 1.5 a gasolina. De acordo com a Leapmotor, as baterias proporcionam um alcance de 145 km no ciclo WLTP. No entanto, ao utilizar o extensor a combustão, a autonomia aumenta para mais de 950 km, com um consumo combinado de 250 km/l e emissões de 10g/km de CO2.
O C10 faz parte dos modelos da Leapmotor que chegarão ao mercado brasileiro no segundo semestre de 2025. Ainda não se sabe se ele virá em configuração elétrica “pura” ou com o extensor de autonomia.
Além do uso do extensor de autonomia, outras marcas investem em sistemas híbridos. Híbridos como BYD Song Plus e Honda Civic priorizam a propulsão elétrica, embora o motor a combustão possa tracionar o veículo sob certas condições.
Hoje em dia, a extensão de autonomia é um trunfo de híbridos como a BYD Shark. A picape média procura alcançar os mesmos rincões que suas concorrentes Toyota Hilux e Ford Ranger, apoiando-se na tecnologia DM-i para isso.
O motor 1.5 turbo da Shark se acopla a uma transmissão com engrenagens planetárias. Na maior parte do tempo, ele funciona em regime constante de giro, alimentando a bateria. Portanto, isso possibilitou a criação de um sistema de arrefecimento mais otimizado.
A vantagem de um motor estacionário é considerável. O Honda Civic e:HEV, disponível no Brasil, utiliza uma bateria pequena, dispensando a necessidade de tomada. Segundo a legislação brasileira, é classificado como híbrido convencional (HEV), mas seu motor 2.0 raramente traciona, alimentando dois motores elétricos.
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