Mulher relata descaso em triagem da Santa Casa de Paranaíba

Através de um anota de Repudio, Laurenice de Fátima Coutinho de Carvalho, relatou descaso no atendimento oferecido pela Santa Casa de Paranaíba.

A mulher relatou ao InterativoMS com exclusividade ainda que a pessoa responsável pelo atendimento teria dito que quem necessitaria do atendimento seria ela, e que deveria ser mais humilde e aguardar.

Em contato com o hospital a responsável pela gestão de pessoal da intuição afirmou que os fatos foram averiguados e medidas tomadas para que casos semelhantes não voltem a acontecer, e que a Santa Casa está tentando contato com a reclamante.

 

 

Confira a nota de repúdio completa abaixo

 

Nota de repúdio ao atendimento na Santa Casa de Misericórdia, bem como ao atendimento da triagem

 

Eu, Laurenice de Fátima Coutinho de Carvalho, venho por meio desta manifestar meu total repúdio ao ato praticado, `as 17h30min do dia 27 de agosto de 2018 no processo de triagem. Encontrava-se na recepção da Santa Casa de Misericórdia de Paranaíba, uma criança com queimadura, os pais da mesma já estavam antes da minha chegada ao local aguardando atendimento; ao perceber os pais angustiados questionei o que havia acontecido com sua filha, momento este que fiquei sabendo das queimaduras. Muito consternada dirigi-me à recepção e perguntei o porquê da espera, sendo que o Estatuto da Criança e do Adolescente assegura em seu artigo 4º que “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”. Muito educadamente, a recepcionista informou que a enfermeira já tinha sido avisada, o que causou agitação nos pacientes que estavam na recepção aguardando atendimento.

Com a chegada da profissional, a criança entrou e foi direto ao atendimento médico. No entanto, ao chegar a minha vez como acompanhante, a responsável pela triagem ficou desacreditando nos sintomas que minha filha estava sentindo. A referida direcionou-se a mim e disse as seguintes palavras: “ Você tem que ser Humilde, porque é você que precisa de atendimento” e que a criança já tinha sido atendida que eu podia até chamar a “Polícia” com tom irônico. Nesse mesmo momento pedi para que minha filha falasse somente o que fosse argumentado para não criar caso, diante disso, a Enfermeira pediu para que eu saísse da sala, recusei-me a atendê-la e ela disse que só faria o atendimento se eu me retirasse, então, disse que ela iria anteder minha filha e que eu era a acompanhante, ela realizou o atendimento, porém com tom de ironia,

Humildade” é a qualidade de quem age com simplicidade, uma característica das pessoas que sabem assumir as suas responsabilidades, sem arrogância, prepotência ou soberba. Em teoria, a humildade é tida como uma qualidade bastante positiva e benéfica, onde ninguém é pior ou melhor do que os outros, estando todos no mesmo nível de dignidade, de cordialidade, respeito, simplicidade e honestidade.

A humildade é um sentimento de extrema importância, porque faz a pessoa reconhecer suas próprias limitações, com modéstia e ausência de orgulho, que caberia naquele momento, pois a enfermeira não se encontrava no seu posto de atendimento.

A “palavra dita” foi indevidamente exposta de forma crua e evidencia uma outra questão social que clama por atenção no Brasil: a cultura de desprezar um segmento em prol de outro, concretizada nas palavras ditas pelo pai “ a gente vale o que tem”.

            O triste fato, denigre os trabalhadores que querem avançar mais na organização da qualidade dos atendimentos e que sempre estiveram presentes na luta pela melhoria da saúde em nosso município. Nesta perspectiva, não me intimidarei com esta situação praticada por uma Enfermeira aos cidadãos de bem que necessitam de melhores condições de atendimento por parte das Instituições Públicas.

Reafirmo minha indignação como usuária desta Instituição hospitalar e solicito as providências cabíveis diante dos fatos supracitados.

Laurenice de Fátima Coutinho de Carvalho

 

 

Jornalista, fotógrafo, editor chefe do portal InterativoMS e apaixonado por inovação e política.

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