Morta atropelada pelo marido em Cassilândia, Letícia Ferreira Araújo, 25 anos, já havia denunciado o agressor à polícia anos antes. O crime, registrado neste fim de semana, ocorreu na frente do filho do casal e chocou a população local.
Histórico de violência
O boletim de ocorrência foi registrado em 1º de dezembro de 2018, quando Letícia, em uma festa, discutiu com Vitor Ananias de Jesus, 25 anos, após vê-lo conversando com outras mulheres nas redes sociais. Segundo ela, foi agredida com tapas no braço e rosto. O casal estava junto havia um ano e tinha um bebê de um mês.
O feminicídio em Cassilândia
Na tarde de 9 de agosto, Letícia foi morta atropelada pelo marido. Testemunhas afirmam que ela correu pela rua pedindo socorro, enquanto Vitor acelerava o carro em sua direção. O impacto foi tão forte que a vítima sofreu traumatismo craniano e fraturas na mandíbula. O filho de seis anos presenciou toda a cena.
Prisão e comportamento do acusado
Ao ser preso, Vitor estava calmo e disse que não viu a esposa na frente do veículo. No entanto, a perícia apontou que não havia marcas de frenagem e que a distância da garagem até o portão exigiria aceleração para causar tamanha gravidade.
Conflitos constantes
Relatos de familiares e vizinhos apontam que as brigas eram frequentes. A sogra afirmou que precisou intervir em discussões para evitar acidentes, como no retorno de uma Festa do Peão. Um vizinho relatou ter visto Vitor chamar pelo nome de Letícia e depois deixar a cena do crime.
Outros casos de feminicídio no MS em 2024
- Karina Corim (Caarapó) – 4 de fevereiro
- Vanessa Ricarte (Campo Grande) – 12 de fevereiro
- Juliana Domingues (Dourados) – 18 de fevereiro
- Mirielle dos Santos (Água Clara) – 22 de fevereiro
- …lista continua…
O caso de Letícia reforça a urgência de políticas públicas efetivas para prevenir o feminicídio e proteger vítimas de violência doméstica.
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