O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga cancelou a autorização de 106 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento exclusivo de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)/Covid-19 em Mato Grosso do Sul.
Com isso, Mato Grosso do Sul terá de devolver o dinheiro ao Ministério da Saúde referente aos leitos cancelados.
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) afirmou ao Correio do Estado que o município de Campo Grande possui o dinheiro em caixa e que irá devolver a verba ao Ministério da Saúde. “Campo Grande tem o dinheiro para devolver. O recurso enviado não foi utilizado”.
A reportagem do Correio do Estado aguarda resposta da Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) sobre o quantitativo total em dinheiro que precisa ser devolvido ao Ministério da Saúde.
Entre os leitos cancelados, 96 são de Campo Grande e 10 de Três Lagoas. O único hospital afetado em Três Lagoas é o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, com cancelamento de 10 leitos.
Na Capital, os leitos cancelados encontram-se no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) (46), Clínica Campo Grande (15), Hospital Adventista (30) e Hospital El Kadri (5).
A Sesau ressalta que os leitos continuarão existindo e que apenas deixarão de ser exclusivos para tratamento da Covid-19.
“Estes leitos continuam existindo, em sua maioria. Leitos habilitados para Covid foram remanejados para outros atendimentos. Podem ser utilizados para outros atendimentos, mas por hora, ficam ociosos”.
De acordo com a Portaria GM/MS Nº 3.084, foram 308 cancelamentos de leitos UTI-Covid-19 em todo o Brasil. Ao todo, estados e municípios devem devolver R$19.296.000,00.
Covid-19 em queda
A vacinação contra Covid-19 é responsável por diminuir o número de casos confirmados, mortes, internações, taxa de contágio e letalidade.
Dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES) revelam que a taxa de contágio da Covid-19 está em 0,84 nesta quinta-feira (11) em Mato Grosso do Sul.
Isto significa que 100 contaminados pela Covid-19 transmitem a doença para outras 84 pessoas no dia seguinte.
O número é 27% menor em relação a junho, época em que houve transferência de pacientes para outros estados devido à falta de vagas, desabastecimento de medicamentos em hospitais e fila para enterrar pessoas em cemitérios.
O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, afirma que é preciso que a taxa de contágio esteja em menos de 1% para haver sucesso no enfrentamento à pandemia.
Em recorde, a maior taxa de contágio chegou a bater 1,14 em meados de junho deste ano. A menor taxa de contágio registrada foi de 0,79 em 24 de setembro deste ano.
Fonte: Correio do Estado