Mercado financeiro reduz previsão da inflação no Brasil pela oitava semana consecutiva, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (21) pelo Boletim Focus, do Banco Central. A estimativa atual para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 passou de 5,17% para 5,10%. Para os anos seguintes, as projeções seguem em queda: 4,45% para 2026, 4% em 2027 e 3,8% em 2028.
Apesar da redução, a previsão para 2025 segue acima do teto da meta de inflação, que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A meta é estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e monitorada pelo Banco Central.
Ainda de acordo com o IBGE, em junho a inflação oficial teve desaceleração e fechou em 0,24%, influenciada pela queda no preço dos alimentos após nove meses consecutivos de alta. No entanto, o acumulado em 12 meses atingiu 5,35%, ultrapassando pelo sexto mês seguido o limite superior da meta de 4,5%. O descumprimento das metas exige do BC uma carta ao ministro da Fazenda explicando causas e medidas adotadas.
A taxa básica de juros, a Selic, foi elevada recentemente para 15% ao ano, com o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizando manutenção desse patamar nas próximas reuniões. O aumento surpreendeu parte do mercado financeiro, que esperava estabilidade.
O mercado financeiro reduz previsão da inflação, mas ainda mantém cautela diante das incertezas econômicas. A expectativa é que a Selic seja reduzida gradualmente: 12,5% ao ano em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Em relação ao crescimento do PIB, a previsão para 2025 foi mantida em 2,23%. Já a projeção para 2026 caiu de 1,89% para 1,88%, com estimativa de 2% para 2027 e 2028. No primeiro trimestre de 2025, o PIB cresceu 1,4%, impulsionado pela agropecuária.
No câmbio, a previsão do dólar permanece em R$ 5,65 para o fim deste ano e R$ 5,70 para 2026.
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