Mercado financeiro reduz previsão da inflação pela décima vez consecutiva, conforme divulgado no Boletim Focus desta segunda-feira, 4 de agosto. A estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,09% para 5,07% em 2025. O Boletim Focus é uma pesquisa semanal realizada pelo Banco Central com projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Mesmo com a redução da inflação, a projeção para 2025 segue acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%. O IPCA acumulado em 12 meses até junho foi de 5,35%, ultrapassando o teto da meta pelo sexto mês seguido. Segundo o novo regime adotado em 2024, quando esse limite é ultrapassado por mais de seis meses, o presidente do Banco Central precisa justificar formalmente as causas e apresentar medidas corretivas.
A inflação de junho foi de 0,24%, segundo o IBGE, influenciada pela queda nos preços dos alimentos e pela pressão da energia elétrica. O cenário de desaceleração tem impacto direto sobre as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), que optou por manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano após sete aumentos consecutivos. A autoridade monetária ressaltou que poderá voltar a elevar a Selic caso haja necessidade, diante das incertezas da política comercial dos Estados Unidos.
A previsão do mercado financeiro também abrange outros indicadores: o crescimento do PIB deve alcançar 2,23% em 2025, com expectativa de 1,88% para 2026. Já o dólar deve fechar o ano cotado a R$ 5,60, e em R$ 5,70 em 2026. O mercado espera ainda que a Selic recue para 12,5% em 2026 e alcance 10% em 2028.
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