Médico suspeito de causar 42 mortes é preso

João Batista do Couto Neto, médico cirurgião, foi detido em um hospital em Caçapava, São Paulo na quinta-feira (14). As acusações são pesadas: 42 mortes e 114 casos de lesão corporal. Os indícios apontam que Couto realizava procedimentos excessivos, incluindo diagnósticos errôneos de câncer raro e cirurgias desnecessárias.

A investigação começou em Novo Hamburgo, onde o médico foi indiciado por homicídio doloso em três casos. Contudo, outras 39 investigações de homicídio e 114 de lesão corporal ainda estão em curso. O advogado de Couto, Brunno de Lia Pires, considera a prisão injusta e pretende entrar com um pedido de habeas corpus.

Os relatos das vítimas são perturbadores. Um paciente, após uma cirurgia aparentemente simples, passou por uma recuperação terrível, enfrentando dores intensas e vômitos. Outra paciente, submetida a uma cirurgia de remoção de nódulo no intestino, descobriu, após biópsia, que não tinha câncer algum.

Há também relatos sobre a quantidade absurda de cirurgias realizadas por Couto. Uma técnica de enfermagem afirmou que o médico chegava a fazer 27 cirurgias em uma manhã, um número impossível de ser sustentado considerando a capacidade e os recursos do hospital.

Os indiciamentos até agora referem-se a três mortes, mas as investigações continuam. A Justiça não impôs mais restrições às atividades cirúrgicas de Couto, embora sua licença já tenha sido suspensa no passado.

A Defesa, surpresa com a prisão, alega falta de fundamento nas acusações e pretende agir rapidamente para libertar o médico.

Este caso chocante continua a se desenrolar, e Couto aguarda por uma audiência de custódia em São Paulo. As investigações ainda dependem de laudos médicos para serem concluídas.

Jornalista, fotógrafo, editor chefe do portal InterativoMS e apaixonado por inovação e política.

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