Esta terça-feira, 05 de novembro, marca o último dia de votação nos Estados Unidos, com Kamala Harris e Donald Trump em uma disputa acirrada. Ambos chegam ao dia da eleição tecnicamente empatados, em um pleito visto como um dos mais disputados da história.
Como em 2016, quando Hillary Clinton perdeu apesar de vencer o voto popular, o sistema de Colégio Eleitoral pode ser decisivo. Esse sistema distribui 538 delegados pelos 50 estados, sendo necessário alcançar 270 para vencer.
Kamala tem 226 delegados praticamente garantidos, enquanto Trump soma 219. Sete estados com 93 delegados definirão o resultado: Pensilvânia (19), Geórgia (16), Carolina do Norte (16), Michigan (15), Arizona (11), Wisconsin (10) e Nevada (6).
Para Kamala, garantir a “muralha azul” (Michigan, Pensilvânia e Wisconsin) é crucial. Trump, por outro lado, aposta na Pensilvânia e em vitórias no Cinturão do Sol, composto por estados como Geórgia e Carolina do Norte.
Ambos candidatos passaram a segunda-feira (4) intensificando suas campanhas. Kamala visitou quatro cidades na Pensilvânia, focando no eleitorado feminino e em brancos com ensino superior. Trump fez um tour por três estados, mirando eleitores com baixa participação, como jovens brancos sem diploma.
A contagem dos votos começa na noite de terça-feira, mas pode levar dias para terminar. Estados como Michigan ajustaram as regras para agilizar a apuração. Ainda assim, incertezas permanecem, especialmente em Pensilvânia e Wisconsin, que não permitem o processamento antecipado dos votos por correio.
Caso a margem de vitória seja pequena, a possibilidade de recontagens automáticas aumenta. Arizona e Pensilvânia, por exemplo, têm regras específicas se a diferença for inferior a 0,5%. Além disso, candidatos podem solicitar revisões em estados como Geórgia e Michigan.
Em 2020, a contagem demorou quatro dias devido ao voto por correio. Este ano, espera-se maior agilidade, mas a tensão persiste. A eventual declaração prematura de vitória por Trump e possíveis distúrbios preocupam analistas. As próximas datas-chave incluem a reunião dos delegados em 17 de dezembro e a posse em 20 de janeiro.
Cada etapa do processo eleitoral é passível de contestação. No pior cenário, o Congresso pode até se recusar a certificar o resultado, alegando dúvidas sobre a integridade da eleição.
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