A justiça determinou a prisão preventiva de uma mulher de 71 anos, suspeita de matar seu marido, João Teodoro do Prado, 66, no último domingo, 06 de outubro, em Paranaíba. O homem foi encontrado morto a facadas, enquanto a mulher, ensanguentada, estava caída na rua.
De acordo com a polícia, ela foi socorrida e levada ao hospital, antes de ser encaminhada à delegacia, onde foi presa em flagrante. O delegado Edemilson José Holler, responsável pela investigação, solicitou a prisão preventiva devido ao histórico criminal da suspeita.
Na terça-feira, 08 de outubro, a idosa passou por audiência de custódia. O juiz Edimilson Barbosa Ávila considerou a alta periculosidade da acusada, baseando-se em sua ficha criminal e na maneira como o crime foi executado. Ele destacou que a suspeita já havia sido registrada por outro homicídio doloso.
Segundo o juiz, a prática de homicídios familiares sucessivos demanda maior cautela, justificando a necessidade de mantê-la presa preventivamente. A acusada, que já foi condenada por matar um filho em 2022, afirmou que agiu em legítima defesa.
Durante o interrogatório na delegacia, a idosa revelou ser aposentada e que convivia com o marido há 25 anos. Ela mencionou ter um filho de 50 anos, e que teria ferido outro homem, mas não lembrou o nome da vítima.
Ainda segundo a polícia, no ano passado, a suspeita foi acusada de lesão corporal dolosa contra o próprio marido. Na ocasião do assassinato recente, ela optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório.
No dia do crime, por volta das 16h20, a polícia foi acionada após populares encontrarem a mulher caída na rua, ensanguentada, durante as eleições municipais. Os militares a encaminharam ao hospital, onde permaneceu sob escolta.
Dentro da residência, os policiais encontraram João Teodoro apenas de short, com múltiplas perfurações de faca. Testemunhas informaram que o casal tinha um histórico de brigas e separações. Na tarde do crime, um carro teria deixado a mulher em casa, e ela saiu ensanguentada pouco depois.
A suspeita, que apresentava um ferimento de faca no tornozelo, não forneceu declarações aos policiais durante o socorro. A polícia investiga a hipótese de que ela tenha fingido sua condição médica para desviar o foco das investigações.
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