O Supremo Tribunal Federal (STF) dará início, na próxima terça-feira, 02 de setembro, um julgamento histórico que pode marcar a política brasileira. O ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 07 aliados serão julgados por uma suposta trama golpista para tentar reverter o resultado das eleições de 2022. O processo, apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), inclui acusações como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O julgamento terá oito sessões, distribuídas entre os dias 02, 03, 09, 10 e 12 de setembro, em turnos da manhã e tarde. O relator, ministro Alexandre de Moraes, abrirá a votação, seguido por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A condenação ou absolvição dependerá de maioria simples de três votos.
Para garantir segurança, o STF montou um esquema especial com restrição de circulação, cães farejadores e drones. O interesse público é alto: 3.357 pessoas solicitaram credenciamento para acompanhar, mas apenas 1.200 terão acesso. Mais de 500 jornalistas nacionais e internacionais também foram credenciados.
Entre os réus estão militares de alta patente e ex-ministros. Caso condenados, eles poderão cumprir pena em alas especiais ou dependências das Forças Armadas, conforme prevê a legislação. Esse será o primeiro julgamento do chamado “núcleo crucial” da denúncia. Outras ações penais contra aliados de Bolsonaro seguem em andamento e devem ser analisadas ainda em 2025.
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