A prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), apresentou queda de 0,14% em agosto, após alta de 0,33% em julho, segundo dados divulgados pelo IBGE na terça-feira, 26 de agosto. O resultado representa a primeira deflação em dois anos, desde julho de 2023, quando o índice havia recuado 0,07%.
O recuo foi melhor que o de agosto de 2024, quando o IPCA-15 avançou 0,19%, mas ficou acima das estimativas do mercado, que projetavam uma deflação entre 0,21% e 0,23%. No acumulado de 2025, a inflação medida pelo IPCA-15 soma 3,26%, enquanto em 12 meses chega a 4,95%, abaixo dos 5,30% registrados no período anterior, mas ainda acima da meta de 3% do Banco Central.
Energia elétrica puxa deflação
O grupo Habitação caiu 1,13%, com destaque para o recuo de 4,93% na energia elétrica residencial, o item de maior impacto negativo no índice (-0,20 p.p.). O resultado ocorre mesmo com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, em razão da incorporação do Bônus de Itaipu.
Alimentação e combustíveis em queda
A alimentação teve a terceira deflação seguida (-0,53%), puxada pela alimentação no domicílio, que caiu 1,02%. Entre os produtos com maior redução estão manga (-20,99%), batata-inglesa (-18,77%), cebola (-13,83%), tomate (-7,71%) e carnes (-0,94%). Já a alimentação fora de casa subiu 0,71%, pressionada pelos lanches (1,44%) e refeições (0,40%).
Nos transportes, a queda foi de 0,47%, influenciada pelas reduções em passagens aéreas (-2,59%), automóveis novos (-1,32%) e gasolina (-1,14%), além do etanol (-1,98%).
Serviços e educação em alta
Por outro lado, alguns setores apresentaram alta, como despesas pessoais (1,09%), saúde e cuidados pessoais (0,64%) e educação (0,78%), puxados por reajustes em cursos regulares, principalmente no ensino superior (1,24%).
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