A temporada de incêndios em Mato Grosso do Sul chegou mais cedo em 2025, superando drasticamente os números do ano anterior. O estado já enfrenta um cenário preocupante, com um aumento de 60% em incêndios em Mato Grosso do Sul registrados nos primeiros sete meses do ano. De janeiro a julho, o Corpo de Bombeiros Militar de MS (CBMMS) contabilizou 1.341 ocorrências, um salto significativo em comparação aos 845 focos registrados no mesmo período em 2024.
O mês de julho concentrou a maior parte das ocorrências de 2025, com 437 focos em todo o estado, sendo 188 apenas em Campo Grande. A tendência para o mês de agosto, historicamente mais crítico, é de que os números se agravem. A baixa umidade do ar e a vegetação seca criam um ambiente propício para a rápida propagação do fogo, agravando o problema. Para conter a situação, o CBMMS alerta que a grande maioria dos incêndios é causada pela ação humana, seja por queimadas para limpeza de terrenos ou por descarte incorreto de bitucas de cigarro. Para combater esse problema, o estado intensificou a campanha Agosto Cinza, focada em conscientização e prevenção. A iniciativa busca alertar sobre os riscos de um aumento de 60% em incêndios em Mato Grosso do Sul e educar a população sobre o combate ao fogo.
Apesar dos esforços pontuais para o combate ao fogo, como a Operação Pantanal de 2024 que mobilizou 141 bombeiros, o problema de incêndio no estado continua e os números de 2025 reforçam que a prevenção é a melhor estratégia. Neste ano, o estado investiu na formação de 717 brigadistas florestais e o PELD/UFMS (Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração) segue estudando o impacto do fogo no Pantanal. O coordenador do programa, professor Geraldo Damasceno, ressalta que o uso do fogo deve ser planejado e técnico, e não indiscriminado.
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