Homens ainda são a maioria das vítimas da falta de cuidado psicológico

Homens ainda são a maioria das vítimas da falta de cuidado psicológico

Homens evitam procurar ajuda psicológica e, segundo dados do Ministério da Saúde, continuam sendo as maiores vítimas da falta de cuidado psicológico. O comportamento, sustentado por estigmas culturais, ficou em evidência durante o Setembro Amarelo, quando especialistas alertaram que o suicídio é quase quatro vezes mais frequente entre homens no Brasil. O silêncio diante do sofrimento, associado ao preconceito e à resistência em buscar apoio, torna-se um fator de risco que precisa ser enfrentado com diálogo e acolhimento.

📊 A cultura do silêncio masculino

Na mesa de bar, no estádio ou no trabalho, os homens costumam falar sobre futebol, política ou finanças — mas raramente sobre sentimentos. Essa resistência tem raízes sociais e culturais, que associam vulnerabilidade à fraqueza. Segundo o psicólogo Leonardo Leite, “ainda existe o estigma de que o homem que procura terapia é fraco ou incapaz”, o que faz muitos evitarem pedir ajuda.

🚨 Consequências graves

O resultado desse silêncio aparece nas estatísticas: entre os homens, a taxa de suicídio chega a 9,9 por 100 mil habitantes, contra 2,6 entre as mulheres. Além disso, fatores como o abuso de álcool, drogas e a escolha por métodos mais letais ampliam os riscos. A faixa etária mais atingida vai dos 15 aos 29 anos, justamente quando surgem os primeiros sinais de transtornos como ansiedade e depressão.

⚠️ Resistência ao tratamento

Ignorar sintomas como insônia, irritabilidade e isolamento agrava o sofrimento e atrasa o cuidado. Muitas vezes, quando o homem busca ajuda, sua vida já está bastante comprometida, exigindo tratamentos mais longos e complexos. Esse atraso prejudica não apenas o indivíduo, mas também suas relações familiares e profissionais.

💛 Caminhos para o acolhimento

Para especialistas, a transformação começa com a educação emocional desde a infância. Ensinar meninos a falar sobre sentimentos ajuda a romper com o estigma da fraqueza. Além disso, ouvir sem julgar, acolher e oferecer apoio a quem demonstra sinais de sofrimento são atitudes simples que podem salvar vidas.

🌎 O desafio do Setembro Amarelo

A campanha Setembro Amarelo enfrenta, entre os homens, o desafio de desconstruir a ideia de que masculinidade é ausência de fragilidade. Ampliar espaços de diálogo e criar ambientes de acolhimento é fundamental para mudar essa realidade. Afinal, como lembram os especialistas, o silêncio pode custar vidas.

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Jornalista, fotógrafo, editor chefe do portal InterativoMS e apaixonado por inovação e política.

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