Frigoríficos suspendem vendas ao Carrefour após falas do CEO global da empresa

Frigoríficos suspendem vendas ao Carrefour após falas do CEO global da empresa. Diversas associações brasileiras, como a CNA, Abiec e ABPA, anunciaram a suspensão de vendas de carne bovina ao grupo Carrefour. A medida responde à declaração do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, sobre a qualidade sanitária das carnes brasileiras.

As entidades afirmaram que, se o Mercosul não é considerado fornecedor à altura do mercado francês, também não deve abastecer o Carrefour em outros países. Além disso, destacaram o compromisso com a produção sustentável e a segurança alimentar.

Frigoríficos suspendem vendas ao Carrefour após falas do CEO global da empresa. Segundo as associações, o Mercosul lidera as exportações globais de carne de frango e bovina. Durante a pandemia, o bloco se destacou como principal fornecedor para diversos mercados. A JBS, Marfrig e Masterboi confirmaram a suspensão do fornecimento ao Carrefour, Atacadão e Sam’s Club.

Na quinta-feira, 21 de novembro, caminhões da JBS voltaram das entregas programadas para lojas da rede. A decisão acompanha críticas do setor agropecuário ao CEO do Carrefour, que também enfrenta oposição do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Durante entrevista, Fávaro destacou que a França compra carne brasileira há décadas e classificou as declarações do executivo como “inadmissíveis”. Ele elogiou a postura dos frigoríficos brasileiros frente às declarações de Bompard.

O impasse reflete tensões no acordo entre Mercosul e União Europeia, discutido desde 1999. O presidente francês, Emmanuel Macron, é apontado como principal obstáculo, com apoio da Itália. Por outro lado, países como Alemanha e Espanha defendem o avanço do tratado ainda este ano.

A Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes de São Paulo (Fhoresp) também repudiou a postura do Carrefour. Em nota, convocou empresários a boicotarem a rede enquanto persistirem declarações que desvalorizam produtos brasileiros.

Procurado, o Carrefour Brasil garantiu que não há risco de desabastecimento em suas lojas no país. O setor aguarda os próximos passos das negociações entre Mercosul e União Europeia para avaliar novos posicionamentos.

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Jornalista, fotógrafo, editor chefe do portal InterativoMS e apaixonado por inovação e política.

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