Entre os sorrisos e o medo da mulher: Um Dia Internacional da Mulher com reflexões

Observação: o texto a seguir foi recebido pelo InterativoMS de forma anônima através de um perfil no Instagram.  Buscamos contato, mas a responsável pelo texto preferiu o anonimato.

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é um momento de celebrar as conquistas femininas e refletir sobre os desafios que ainda persistem.

No Brasil, a data ganha um significado especial, marcado por um contraste entre as alegrias e os medos que permeiam a vida das mulheres.

Sorrisos que traduzem conquistas:

  • Participação crescente no mercado de trabalho: A presença feminina no mercado de trabalho brasileiro vem crescendo consideravelmente nas últimas décadas.

Segundo o IBGE, em 2023, as mulheres representavam 49,1% da força de trabalho, ocupando cada vez mais cargos de liderança e abrindo caminho para a igualdade de oportunidades.

·  Aumento da representatividade política: A participação das mulheres na política brasileira também vem aumentando, ainda que de forma gradual. Nas últimas eleições, o número de mulheres eleitas para a Câmara dos Deputados e para o Senado Federal atingiu um recorde histórico, demonstrando o crescente empoderamento feminino e a busca por uma sociedade mais justa e igualitária.

·  Avanços na luta por direitos: As mulheres brasileiras conquistaram importantes avanços na luta por seus direitos nos últimos anos. A Lei Maria da Penha, por exemplo, considerada uma das mais avançadas do mundo no combate à violência doméstica, contribuiu para reduzir os índices de feminicídio e garantir maior proteção às mulheres vítimas de violência.

Medos que persistem como desafios:

  • Violência contra a mulher: Apesar dos avanços, a violência contra a mulher ainda é uma grave realidade no Brasil.

Em 2022, foram registrados 1.318 feminicídios no país, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

·  O medo da violência acompanha as mulheres em seu dia a dia, limitando sua liberdade e autonomia.

·  Desigualdade salarial: As mulheres brasileiras ainda ganham menos do que os homens para exercer a mesma função.

·  Em 2023, a diferença salarial entre homens e mulheres era de 20,5%, segundo o IBGE. Essa disparidade contribui para a perpetuação da desigualdade de gênero e dificulta o desenvolvimento pleno das mulheres.

·  Sub-representação em áreas estratégicas: As mulheres ainda são sub-representadas em áreas estratégicas da sociedade, como ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Essa sub-representação limita o potencial inovador do país e impede que as mulheres contribuam de forma plena para o desenvolvimento social e econômico.

Um dia para celebrar e continuar a luta:

O Dia Internacional da Mulher é um momento para celebrar as conquistas femininas e fortalecer a luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

É importante lembrar que, apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito para garantir que as mulheres brasileiras possam viver com plenitude e segurança.

Seguindo em frente:

Para superar os desafios que persistem, é necessário:

  • Combater a violência contra a mulher: Investir em políticas públicas de prevenção e combate à violência, fortalecer a rede de apoio às vítimas e punir os agressores.
  • Promover a igualdade salarial: Implementar medidas que garantam a igualdade de remuneração para homens e mulheres que exercem a mesma função.
  • Incentivar a participação das mulheres em áreas estratégicas: Ampliar as oportunidades de acesso à educação e à formação profissional para as mulheres em áreas estratégicas.

Ao celebrarmos o Dia Internacional da Mulher, reconhecemos a força e a determinação das mulheres brasileiras e reafirmamos o compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos.

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