Dólar dispara e vai a R$ 6,17, mesmo com leilão do BC, nesta terça-feira, 17 de dezembro. A moeda alcançou R$ 6,1736 na máxima do dia até o momento, mesmo após o Banco Central (BC) intervir no mercado. Às 10h20 (Horário de Brasília), a cotação atingiu R$ 6,1522, com alta de 0,95%.
Por causa das preocupações do mercado com o cenário fiscal do Brasil e da divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), essa valorização se intensificou. O BC tentou conter o avanço do dólar com um leilão de venda à vista de US$ 1,272 bilhão. Embora essa medida tenha reduzido a pressão momentaneamente, o dólar retomou o movimento de alta.
Dólar dispara e vai a R$ 6,17, mesmo com leilão do BC. Além disso, o Copom indicou possíveis aumentos na Selic em 2025. Atualmente em 12,25% ao ano, a taxa pode alcançar 14,25% nas próximas reuniões, previstas para o início do ano.
No entanto, o Copom destacou que o câmbio elevado e o pessimismo dos agentes econômicos quanto ao pacote fiscal do governo contribuíram para essa situação. O pacote fiscal, apresentado no final de novembro, prevê economizar R$ 70 bilhões em dois anos. No entanto, o Congresso ainda precisa aprovar a proposta.
Por outro lado, o governo quer que o texto seja votado nesta semana, antes do recesso parlamentar. Para garantir apoio, o governo planeja liberar mais R$ 800 milhões em emendas parlamentares, além dos R$ 7,6 bilhões já destinados a deputados e senadores.
Ibovespa
Enquanto isso, o Ibovespa registrou alta de 0,09% às 10h20, alcançando 123.673 pontos. No dia anterior, o índice caiu 0,84% e acumula perdas de 7,92% no ano.
Por fim, o Banco Central alertou sobre os impactos da inflação atrelada ao câmbio e detalhou os efeitos nos preços e no consumo. O BC também ressaltou a importância do cenário fiscal e da reforma tributária para estabilizar a economia.
Por esse motivo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discutiu com o presidente Lula questões ligadas à reforma tributária e ao pacote fiscal. Haddad afirmou que Lula pediu para evitar alterações significativas nas propostas enviadas ao Congresso.
Nas próximas semanas, o mercado acompanhará os desdobramentos econômicos. Portanto, o Banco Central continuará monitorando os impactos da inflação e do câmbio, além de ajustar suas políticas para estabilizar os mercados.
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