A Polícia Federal prendeu duas pessoas e realizou buscas em três estados do Brasil, incluindo Minas Gerais, São Paulo e o Distrito Federal, como parte da operação Trapiche, que visa interromper atividades preparatórias de terrorismo e coletar evidências de possíveis recrutamentos para atos extremistas no país. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados, mas a informações de que os suspeitos têm conexões com o grupo armado libanês Hezbollah.
De acordo com informações divulgadas pela PF, os alvos da operação teriam viajado recentemente a Beirute, a capital do Líbano. A PF pretende ouvir os suspeitos ainda nesta quarta-feira. Além das prisões no Brasil, foram expedidos outros dois mandados de prisão contra descendentes de libaneses que se encontram no Líbano. Esses suspeitos estão na chamada “Difusão Vermelha” da Interpol, que é uma ferramenta de cooperação policial internacional.
A operação Trapiche faz uso da Lei Antiterrorismo, e os “recrutadores” e possíveis “recrutados” podem enfrentar graves consequências legais. As condutas previstas nessa lei são equiparadas a crimes hediondos, o que implica que os acusados não podem ser liberados mediante pagamento de fiança, não há prescrição do crime e a pena é inicialmente cumprida em regime fechado, mesmo antes da condenação definitiva.
A ação da Polícia Federal é parte de um esforço contínuo para garantir a segurança do país e prevenir a ocorrência de atos terroristas em território nacional. A identidade dos suspeitos e mais detalhes da investigação estão sob sigilo, conforme divulgado pela PF.