A deputada Erika Hilton apresentou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que sugere substituir a jornada de trabalho 6×1, com um dia de folga semanal, pelo modelo 4×3, com quatro dias de trabalho e três de descanso. A parlamentar argumenta que a mudança acompanha uma tendência global por modelos de trabalho mais flexíveis e alinhados às novas realidades do mercado, promovendo melhor qualidade de vida para trabalhadores e suas famílias.
A PEC precisa de 171 assinaturas para avançar no Congresso. Até terça-feira, 134 parlamentares haviam apoiado a proposta. A popularização do tema nas redes sociais contribuiu para o aumento de adesão nos últimos dias. Erika Hilton destacou que o objetivo inicial é estimular a discussão, sem impor um formato rígido. A deputada planeja uma audiência pública na Câmara para debater a proposta e buscar um consenso.
Atualmente, o artigo 7º da Constituição estabelece que a jornada não pode ultrapassar oito horas diárias e 44 semanais. A proposta sugere a redução para 36 horas semanais, mantendo o máximo de oito horas diárias. A deputada defende que essa redução não deve afetar os salários, preservando o poder de compra dos trabalhadores e ajudando a dinamizar a economia.
A proposta tem apoio do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado por Rick Azevedo, vereador mais votado do PSOL. Erika Hilton cita estudos internacionais, como um do Reino Unido, que mostram que a jornada reduzida melhora a qualidade de vida e a produtividade. No regime 4×3, 39% dos trabalhadores relataram menos estresse e 71% reduziram sintomas de burnout, enquanto empresas tiveram menor rotatividade e aumento de 1,4% na receita.
A PEC sugere que a redução de jornada pode gerar até seis milhões de novos empregos. Erika reconhece que setores como comércio e indústria podem resistir à ideia, mas propõe diálogo entre trabalhadores, governo e empresários para analisar a viabilidade.
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