Caso de Vaca Louca no Pará preocupa setor pecuário em Mato Grosso do Sul

A confirmação de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina, popularmente conhecida como Vaca Louca, em um animal no estado do Pará, preocupa os criadores de gado em Mato Grosso do Sul. A Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) prevê um cenário desfavorável para o setor, com prejuízos para os produtores devido ao aumento da oferta de carne no mercado interno e a consequente queda no preço da arroba do boi.

Segundo o presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai, ainda é cedo para mensurar a porcentagem de variação de preços, mas a mudança é quase certa. Ele afirma que é importante aguardar para ter uma ideia de como o mercado vai reagir em termos de valores e se o Brasil vai conseguir alocar essa exportação em outros países.

No entanto, a suspensão temporária das exportações para a China, que entrou em vigor nesta quinta-feira (23), pode agravar a situação. Em 2021, quando o último caso foi identificado, a suspensão das exportações durou três meses.

Para Bumlai, é importante que as autoridades competentes revejam e adotem um novo protocolo para que fatos isolados não atrapalhem a economia do Brasil como um todo, limitando-se, no máximo, apenas ao estado onde a doença foi identificada.

O presidente da Acrissul ainda afasta a possibilidade de que a doença da Vaca Louca tenha confirmações em Mato Grosso do Sul.

O caso no Pará é considerado isolado e atípico, mas acaba afetando negativamente todo o mercado nacional. Por isso, a situação requer atenção e cuidados por parte das autoridades competentes.

Vale ressaltar que a Encefalopatia Espongiforme Bovina é uma doença neurodegenerativa que afeta bovinos, podendo ser transmitida para humanos através do consumo de carne contaminada. As medidas de controle e prevenção são essenciais para garantir a segurança do consumidor e a saúde dos animais.

Jornalista, fotógrafo, editor chefe do portal InterativoMS e apaixonado por inovação e política.

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