O aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) já está em vigor e afeta diretamente o bolso de quem realiza viagens internacionais, contrata crédito, investe em previdência privada ou movimenta recursos para o exterior. A medida, segundo o governo federal, portanto visa corrigir distorções e ampliar a arrecadação, com impacto estimado em R$ 20,5 bilhões para 2025.
A principal mudança atinge o uso de cartões internacionais, com a alíquota subindo de 3,38% para 3,5%. A compra de moeda estrangeira em espécie, como dólar e euro, também teve aumento significativo: de 1,1% para 3,5%. Já as remessas para o exterior sem finalidade de investimento passam a ter alíquota de 3,5%. Para quem utiliza serviços como Wise, a mudança representa uma alta imediata nos custos das transações.
No setor de crédito, o aumento do IOF é ainda mais expressivo. Para empresas fora do Simples Nacional, a alíquota passa de 1,88% para 3,95%. Micro e pequenas empresas pagarão 1,95%. Empréstimos de curto prazo feitos no exterior, que antes eram isentos, agora pagam 3,5%. No caso da previdência privada do tipo VGBL, aportes acima de R$ 50 passam a pagar 5% de IOF.
Apesar de ter anunciado uma alíquota de 3,5% para remessas de investimentos no exterior, o governo recuou e manteve os 1,1%. O ministro Fernando Haddad justificou a decisão para evitar distorções no mercado financeiro e afirmou que ajustes continuarão a ser debatidos com o setor.
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