Os Estados Unidos aumentaram a pressão política sobre o Brasil, mesmo após sinalizarem abertura para negociações comerciais. Em meio à entrada em vigor da sobretaxa de 50% sobre exportações brasileiras, negociadores americanos indicaram disposição em excluir da tarifa produtos como carnes, pescado, café e manga — itens em falta no mercado interno ou sem produção relevante nos EUA.
Entretanto, essa flexibilização só ocorreria após uma visita oficial do vice-presidente Geraldo Alckmin ou de seu secretário-executivo, Marcio Elias, a Washington. Segundo fontes diplomáticas, a movimentação americana não apenas mantém o cenário de pressão, como pode se intensificar com sanções políticas e financeiras.
A pressão política dos EUA sobre o Brasil ganhou um novo contorno com a aplicação das sanções da Lei Magnitsky contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. A medida do Tesouro americano bloqueia ativos financeiros globalmente e marca uma escalada nas tensões.
Nos bastidores, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) estaria atuando nos EUA para ampliar as sanções a familiares de Moraes, outros ministros do Supremo e aos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e David Alcolumbre.
Diplomatas brasileiros classificam as exigências como inaceitáveis e alegam que o Brasil foi o único país ao qual Donald Trump, ex-presidente dos EUA, teria solicitado “abrir mão da democracia em troca de tarifas mais leves”.
Por ora, o governo brasileiro adota postura cautelosa e afirma que não aceitará negociar sob imposições. “A bola está com eles”, reforçou uma fonte do Itamaraty.
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