Ataques de animais peçonhentos, em especial de escorpiões, aranhas e cobras, têm alarmado autoridades de saúde em Mato Grosso do Sul, que registrou 3.623 casos somente de escorpiões entre janeiro e outubro deste ano. Com 311 casos apenas no último mês, a situação é crítica e demanda atenção imediata.
O Centro de Informações e Assistência Toxicológica (Ciatox), em colaboração com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgou dados preocupantes sobre a incidência desses ataques no estado. A capital, Campo Grande, lidera o ranking com 901 notificações, seguida por Três Lagoas (554) e Paranaíba (189).
O Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (Civitox), integrado à SES, destaca-se como um setor crucial na prevenção desses ataques. Composta por médicos, médicos veterinários, biólogos e enfermeiros, a equipe do Civitox oferece capacitação, orientação e diagnóstico, contribuindo para o tratamento de casos relacionados a intoxicações em humanos e animais.
Karyston Adriel Machado da Costa, coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica do Ciatox, alerta para a urgência de medidas preventivas, especialmente nesta época do ano. “Neste período de alta temperatura e reprodução das espécies, ocorre com maior frequência em nosso Estado. Para tanto, é importante tomar algumas medidas de prevenção”, destaca.
Entre as recomendações do Civitox estão a manutenção de terrenos limpos, o fechamento adequado de ralos e a atenção especial aos locais frequentados por crianças durante o recesso escolar. “Com a chegada do período de férias, é importante uma atenção redobrada dos pais”, alerta o coordenador.
O Civitox também oferece uma lista de cuidados práticos para evitar acidentes, como não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, inspecionar roupas e calçados antes de usá-los, e afastar camas e berços das paredes.
Em caso de picada de escorpião ou qualquer outro animal peçonhento, a orientação é higienizar o local com água e sabão e procurar uma unidade de saúde imediatamente. Os sintomas variam de dor local a complicações mais sérias, como salivação, vômito e dificuldade respiratória.
Diante do aumento expressivo de casos, a vigilância reforça a importância da conscientização da população e a implementação rigorosa das medidas preventivas para evitar maiores problemas com escorpiões e outros animais peçonhentos.
