Uma notícia que impacta diretamente o planejamento financeiro das famílias sul-mato-grossenses acaba de ser confirmada. A conta de água e esgoto em Mato Grosso do Sul ficará consideravelmente mais cara. A portaria publicada nesta quarta-feira, 03 de dezembro, no Diário Oficial do Estado, oficializou a decisão da Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos) de aplicar um reajuste de até 14,60% nas tarifas da Sanesul.
Embora a medida tenha sido publicada agora, o gatilho de antecipação é crucial: os novos valores entrarão em vigor a partir de janeiro de 2026. Contudo, este não é o único aumento previsto, exigindo atenção redobrada do consumidor.
O peso no bolso: reajuste em duas etapas
A homologação refere-se à Segunda Revisão Tarifária Ordinária e estabelece um cronograma de aumentos que visa o “reequilíbrio econômico-financeiro” da concessionária.
- Janeiro de 2026: Aplicação de reajuste de até 14,60%.
- Janeiro de 2027: Um segundo aumento programado de 7,52%.
O documento, assinado por Carlos Alberto de Assis, diretor-presidente da Agems, define que a Tarifa Média de Equilíbrio será fixada em R$ 6,78 por metro cúbico. Este valor será a base de cálculo para as cobranças futuras, afetando residências e comércios de forma linear.
Mudança estrutural: sua cidade pode mudar de área
Além do preço, a estrutura de cobrança também sofreu alterações profundas. A Agems reorganizou a logística tarifária dividindo os municípios atendidos pela Sanesul em três grandes áreas. Identificar onde sua cidade se encaixa é essencial para prever os custos:
- Área 1 (Maior grupo): Inclui os principais polos como Dourados, Corumbá, Aquidauana, Naviraí e Ponta Porã.
- Área 2: Grupo intermediário composto por cinco municípios.
- Área 3: Exclusiva para o município de Três Lagoas.
Alerta: novas regras para a tarifa social
A portaria traz mudanças significativas para as famílias de baixa renda, acionando o gatilho da escassez e necessidade de regularização.
Embora os benefícios para usuários já cadastrados sejam mantidos, a Agems criou a categoria “Tarifa Residencial Social II”. Esta nova modalidade será destinada a novos consumidores que busquem o benefício, seguindo critérios rigorosos da legislação federal. Haverá pentes-finos anuais (ajustes) baseados no consumo real dos beneficiários, o que exige uso consciente para não perder o desconto.
O motivo do aumento
Segundo a agência reguladora, a decisão não foi unilateral. O aumento e a reestruturação foram definidos após um processo de consultas e audiências públicas. O argumento central é a sustentabilidade da operação de tratamento e distribuição de água e coleta de esgoto no estado diante da inflação e dos custos operacionais.
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