Agosto Dourado e a semana mundial de apoio ao aleitamento materno

Os benefícios do aleitamento materno são intensamente difundidos, e geram impactos positivos para a saúde da mãe, bebê e meio ambiente, eis que é uma alimentação natural, não produz resíduos, não atua na emissão de gases por processos industriais e não promove desperdício, o que promove um meio ambiente saudável para gerações futuras

A nível de sustentabilidade ambiental, a amamentação é um importante aliado no que concerne à proteção da biodiversidade, clima, contribui para uma sociedade que observa e respeita os direitos da criança, principalmente para a primeira infância, e, consequentemente, os direitos da mulher, o que possibilita o surgimento dos debates que levarão à conscientização sobre a importância de políticas públicas voltadas para crianças e mulheres, da justiça social e redução da pobreza.

Os leites artificiais e industrializados são aliados na medida em que fornecem aporte nutricional para os recém-nascidos e crianças impossibilitados de serem alimentados exclusivamente pelo leite materno, são substitutivos, mas não são sinônimos e não se substituem, por não se assemelhar em NADA ao leite produzido pela mãe, um leite vivo, que nutre, protege e aumenta a imunidade da criança, e fortalece os vínculos afetivos que promoverão o desenvolvimento psicológico do bebê, cujos benefícios o acompanharão por toda a vida.

O objetivo da indústria é o lucro, e o mercado do leite artificial, mamadeiras, bicos, conchas de amamentação, etc., se fazem presentes na sociedade há décadas, atuando sem que grande parte da população perceba sua influência prejudicial.

Em quantas novelas, revistas, propagandas, é comum apresentar-se a criança com chupeta e mamadeira? Quantas bonecas já são vendidas com esses itens? Quantos convites de chá de bebê remetem a esses produtos como normais?

Toda essa propagação “silenciosa” sobre a normalidade do uso desses produtos (leites artificiais), ou mesmo do leite de vaca (in natura, pasteurizado, de caixinha), tomam espaço das iniciativas de apoio e promoção ao aleitamento materno.

A nível ambiental, são inúmeros os impactos, que decorrem dos:

  • métodos de produção do material a ser usado na fabricação da fórmula, os resíduos industriais, a questão da embalagem, distribuição e logística, preparação;
  • apetrechos para oferta do leite artificial, plásticos (derivados de petróleo); alto índice do uso de água tratada na fabricação e descartada;
  • questões vinculadas à saúde da criança, em comparação aos benefícios que promove o leite materno em seu organismo (fortalecimento da imunidade, menor medicalização, com impacto também na questão ambiental da produção, embalagens, logística, etc);
  • questões vinculadas à saúde da criança pelo preparo inadequado da oferta dos leites artificiais (água não filtrada ou apropriada para consumo, redução da medidas para economia) e leite de vaca (diluído, engrossado, não pasteurizado, não apropriado às necessidades nutricionais e organismo do recém-nascido), e que desencadeiam importantes intercorrências intestinais e infecciosas.

Amamentar não é só um ato de amor, e apesar de decorrer de forma natural do corpo da mulher que gestou, envolve questões psicológicas, biológicas e sociais, as quais serão abordadas durante essa semana, em comemoração o mês de Agosto Dourado.

Portanto, agradecendo ao espaço cedido por este meio de comunicação, traremos uma série de artigos a respeito do aleitamento materno, possibilitando maior conhecimento sobre este universo tão encantador.

Importante salientar que os assuntos a serem difundidos e abordados nesta semana por este canal não constituem meio de culpabilização da mulher que não soube, não pode, ou não quis amamentar, mas sim possibilitar o conhecimento sobre os assuntos que envolvem o aleitamento materno, que vai muito além da pega correta e adequada.

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Sobre a SMAM: Comemorada entre os dias 1 a 7 de agosto, esta semana de incentivo ao aleitamento materno é organizada pela Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA) criada em 1992 com o objetivo de promover as metas voltadas à saúde da criança, definidas pela UNICEF em decorrência da OMS. Cumpre ao Ministério da Saúde, desde 1999, coordenar a difusão das informações, juntamente às Secretarias de Saúde de cada Estado e Municípios.

Sobre a Autora: Camila R. Alves teve dificuldades relacionadas ao AM e com o auxílio adequado pôde contornar os desafios e ter segurança no seu processo do aleitamento; capacitou-se para conhecer mais sobre o assunto que excede sua formação universitária, e hoje promove a difusão do aleitamento através do perfil de Instagram voltado à amamentação @amigasdotetah por acreditar que o conhecimento através da informações baseadas em evidências e atualizadas fomentam a autonomia da mulher e da família para a escolha e condução do AM.

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