A Polícia Federal deflagrou hoje (11) a Operação Ross, que tem como objetivo investigar o recebimento de vantagens indevidas por parte de três senadores da República e três deputados federais, entre os anos de 2014 e 2017.
Aproximadamente 200 policiais federais cumprem 24 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, e realizam 48 intimações para oitivas. Os alvos estão no Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, e Amapá. Ainda não há detalhes sobre os locais de cumprimento em território sul-mato-grossense.
As vantagens ilícits recebidas pelos políticos teriam sido solicitadas ao grupo JBS, que teria efetuado o pagamento, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014. A ação de hoje é um desdobramento da Operação Patmos, deflagrada pela PF em maio de 2017.
Os valores investigados, que teriam sido utilizados também para a obtenção de apoio político, ultrapassam os R$ 100 milhões. Suspeita-se que os valores eram recebidos através da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias.
São investigados os crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ross faz referência a um explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo localizada na Antártida fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sob investigação.