Em depoimento prestado à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal de outubro deste ano, o diretor do Marfrig, Luiz Roberto Firmino da Silva, detalhou pressão para pagar propina para agentes do Governo do Estado, e afirmou que a unidade de Paranaíba que ficou fechada por dois anos, ocorreu devido a pressões para o pagamento de propina.
E empresa encerrou as atividades na unidade de Paranaíba em julho de 2015, primeiro ano de Reinaldo Azambuja como governador, e demitiu 530 trabalhadores e gerou indiretamente o fechamento de mil postos de trabalho na cidade. A empresa deixou de lado também a proposta do Governo do Estado de implantar frigorífico em Porto Murtinho, ficando apenas com uma unidade em Bataguassu.
“Além de relevante para a presente investigação, como bem apontado pela Polícia Federal, tal depoimento mostra o modus operandi da corrupção, a forma como a corrupção sufoca as atividades econômicas e a forma como a corrupção prova desistência em investir no Estado de Mato Grosso do Sul”, destaca o juiz substituto Sócrates Leão Vieira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande.