Caso Silas: Fazendeiro condenado a 15 anos pela morte de agrônomo ficará em liberdade

Após longos anos de espera, Paulo Faruk, fazendeiro de 66 anos, recebeu sentença de 15 anos de reclusão pelo assassinato de Silas Henrique Palmieri Maia, agrônomo de 33 anos, porém o assassino continuará em liberdade até que recurso seja julgado.

O julgamento aconteceu na terça-feira, 06 de fevereiro e começou por volta das 09h, encerrou cerca de 23h. Os jurados aceitaram a denúncia da promotoria, e o juiz Fabricio Savazzi Bertoncini aplicou a pena de 15 anos.

Permanência em liberdade aguarda recurso de apelação

Surpreendentemente, o juiz determinou que Faruk continuará em liberdade até o julgamento do recurso de apelação. Mesmo com a condenação, o réu não será preso imediatamente.

Qualificadoras e redução da pena

O juiz havia inicialmente incluído qualificadoras de homicídio por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. No entanto, o Tribunal de Justiça removeu a qualificadora do motivo fútil.

Durante o conselho de sentença, composto por sete mulheres, a pena de 15 anos foi decidida, apesar de a defesa alegar homicídio privilegiado, alegando que o réu agiu por violenta emoção após ato injusto da vítima.

Acusação esperava pena maior e critica decisão do juiz

O advogado assistente de acusação, Rogério Pereira, expressou surpresa com a pena, considerando-a baixa. Ele alegou que solicitou um aumento e também pediu prisão, mas o juiz não acatou.

Rogério ressaltou que Faruk permanecerá em liberdade enquanto aguarda o julgamento do recurso, conforme entendimento do Supremo.

Detalhes do crime e confissão do réu

O crime ocorreu em fevereiro de 2019, quando Silas foi morto a tiros por Paulo Faruk, que se entregou à polícia dias depois, confessando o crime motivado por uma dívida. Silas representava uma empresa que financiou a lavoura do fazendeiro.

Expectativa da acusação

Rogério afirmou que Faruk apelará para tentar reduzir a pena. “A gente acredita que foi saudável a condenação, esperávamos isso, mas acredito que a pena em razão das circunstâncias dos fatos, a pena pudesse ser um pouco mais elevada. Achei a pena baixa, tinha que ser maior, eu fiz requerimento para aumentar, pedi que considerasse outras circunstâncias e o juiz não acatou. Também pedi prisão no final em razão do impedimento do supremo novo, mas o juiz também não acatou e decidiu que ele recorresse em liberdade”, concluiu.

Jornalista, fotógrafo, editor chefe do portal InterativoMS e apaixonado por inovação e política.

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