O delegado da Polícia Civil, Carlos Henrique Engelmann, confirmou, ao portal Só Notícias, que Paulo Faruk de Moraes se apresentou espontaneamente, no início desta manhã de quinta-feira (21), na delegacia de Juara (300 quilômetro de Sinop) e confessou ter assassinado o engenheiro agrônomo, Silas Henrique Palmieri Maia, de 33 anos, em um restaurante, no distrito Novo Paraná, a cerca de 25 quilômetros de Porto dos Gaúchos (246 quilômetros de Sinop), na última terça-feira. “Ele indicou onde a arma estava e foi apreendida. Neste momento, está preso por força de mandado de prisão expedido pelo juízo de Porto dos Gaúchos, em decorrência de requerimento ministerial”, disse.
Em depoimento, segundo Engelmann, o agricultor apontou que estava se sentindo “pressionado” por Silas Henrique. “Ele contou que há todo tempo o engenheiro estaria invadindo a “fazenda” dele e perturbando o bom andamento da colheita de soja, que ele havia plantado. Ainda segundo Paulo, bastante emocionado com os incômodos que vinham recebendo por parte da vítima, ao passar pelo local (restaurante) viu o engenheiro sentado na mesa, sem pensar no ato que iria fazer, simplesmente sacou da pistola que trazia e atirou. Depois disso, alegou não lembrar mais de nada. Segundo ele, ficou cego pela emoção do fato, saiu com o veículo em direção aos municípios de Porto do Gaúchos, Novo Horizonte e Juara”.
O valor da dívida que Paulo teria com a empresa para a qual Silas trabalhava. O delegado explicou ainda que Paulo apontou que a arma utilizada no crime foi deixada durante a madrugada desta quinta-feira em frente à delegacia de Tabaporã. “Ela foi encontrada e já determinamos que seja feita análise pericial da potencialidade lesiva, qualidade dessa arma para saber qual calibre que ela realmente se trata. Saber se é um calibre de uso permitido ou não. Além disso, será colhida no inquérito policial por meio do termo de apreensão. No entanto, o autor do fato contou que essa arma estaria registrada em seu nome, mas não tinha permissão para portá-la em via pública”.
Silas estava sentado em uma mesa, com outro homem, quando foi executado. O assassino, de camisa azul, usando boné e óculos de grau, chegou pelas costas dele e tocou seu ombro. Ele se move para ver quem era, é executado a queima-roupa com tiros nas costas impossibilitando que ele pudesse se defender. Ele morreu na hora. O colega, que estava com ele, na mesa, correu quando o assassino começou a atirar com revólver. Silas foi morto após ter saído de uma fazenda e a polícia apura se o assassino seguiu ele até o local onde almoçaria e o executou.
Anteriormente, Carlos Henrique confirmou, em entrevista, ao Só Notícias, que o assassinato do agrônomo foi motivada por um desacordo comercial entre ele e o suspeito. “Nós temos a prova do homicídio (imagens da câmera de segurança). Essa é a principal materialidade do crime. Agora vamos qualificar o autor que está bastante definido. Ainda não temos conhecimento se ele é conhecido do meio policial. Do outro lado, temos as circunstâncias do crime que foi motivada por um desacordo comercial. Uma determinada dívida que ainda não sabemos o valor, nem quem devia”, explicou.
O corpo Silas Henrique levado para Paranaíba, no Mato Grosso do Sul, onde residem seus pais. Ele estudou agronomia na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em Cassilândia e estava formado há 8 anos. Estava namorando, não tinha filhos, morava há seis anos em Sinop e trabalhava em uma empresa de insumos agrícolas como consultor de vendas.
Fonte:Só Notícias