Paranaíba, Mato Grosso do Sul, Brasil
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Artigo – Por que grandes profissionais fracassam e como isso pode ser mudado?

Aos vinte de setembro de dois mil e dezoito, a convite da Lidera Treinamentos, estive em São Paulo, no Espaço Hakka, para assistir ao “Seminário Autoconhecimento e Autossabotagem, Por Que Grandes Profissionais Fracassam e Como Isso Pode Ser Mudado?”, ministrado pelos Dres. Rossandro Klinjey e Mário Sérgio Cortella.

O Seminário iniciou-se com o Dr. Rossandro Klinjey, quem falou sobre as noções que os indivíduos têm de amor próprio e brincando ele cita uma música tema de uma personagem de novela da Globo, a qual diz: “ você não vale nada, mas, eu gosto de você!”, ele diz que a situação de quem repete isso em fala ou em atitudes é muito mais complexa e filosófica, do que se pode imaginar, pois, segundo o Dr., só quem se ama muito pouco é que vive nesse vazio porque não tem a dignidade de viver consigo só. Ainda segundo ele, uma vez que a ideia remota da solidão em nós é tragédia, é porque não temos amor próprio. O Palestrante diz que existe um aspecto muito interessante sobre o amor próprio, ele aparece como o efeito placebo aparece nas pessoas que o tomam, segundo os especialistas, quase 40% das pessoas que tomam pílulas falsas se curam.

O Dr. fala sobre Relacionamentos interpessoais, ele ressignifica o nosso conceito social sobre esse tema, segundo ele, relacionamentos são delicadezas, pessoas precisam de um conjunto de delicadezas cotidianas e, provoca o público dizendo que ninguém estranha que o nosso corpo precise ser nutrido diariamente, mas, nós nos esquecemos que nossas relações precisam ser nutridas dia a dia.

O Dr. sugere que havemos de ter responsabilidades com as nossas vidas e assumir nossas atitudes ante ela, ele diz que não podemos terceirizar nossas vidas, nossos projetos, nossas responsabilidades, como também não podemos passar a vida inteira culpando para não assumir nossas responsabilidades e viver entoando a música das vítimas. Segundo ele, as pessoas têm uma tendência terrível a emitir comportamentos grupais sem se perguntar porque estão se comportando dessa maneira, ele cita a greve de caminhoneiros dizendo que: “basta uma greve de caminhoneiros para que o nosso estado seja abalado, as pessoas atendem a comandos ridículos sem se perguntar, a isso chama-se tendências de comportamentos em grupo”. E, ensina, que, quando aprendemos a cair e levantar, mudamos a melodia e começamos a dizer “ando devagar

porque já tive pressa (…)”. Enfático diz, que é necessário humildade para sempre recomeçar. Temos uma humanidade que uma grande parte fica presa no passado, outra parte ansiando pelo futuro e pouca gente vivendo o presente.

Ele conceitua que trauma não é o que fazem conosco, mas, sim é nossa reação aos evento, ou seja, o importante não é se as pessoas acreditam ou não em nós, mas, quando elas dizem quem não temos capacidade e acreditamos. E, encerra dizendo, que quando se decide mudar não dá para não mudar!

Dando seguimento aos trabalhos, Dr. Mário Sérgio Cortella assumiu o palco com a simpatia e excelência de sempre. O Dr. iniciou dizendo que um dos grandes fracassos pode ser não entender os tempos que vivemos.

Segundo Cortella, um dos motivos de grandes profissionais fracassarem é a arrogância. Segundo ele a palavra arrogância significa aquilo que é feito por completo, em latim é perfeito, no entanto, o Dr. ressalta que nenhum ser humano é perfeito.

Ainda segundo o Dr. uma das formas de ressignificar a vida e rumar para o sucesso é a mudança de atitudes, e sugere que há que se ter raízes e não âncoras, ele diz que em 2018 temos que ter uma nova história, repaginar-nos, e menciona uma regra que é “elogie em público e repreenda em particular”.

Cortella conceitua Sabotagem, dizendo que ela é uma expressão que vem do francês sabot, que significa ‘tamanco’, tendo seu surgimento da Revolução Industrial e se originando-se do ato de trabalhadores grevistas e descontentes que intencionalmente jogavam seus tamancos nas máquinas para causar danos e paralisações. Segundo o Dr. recusar a humildade é autossabotagem e humildade, segundo sua explanação, não é subserviência, uma pessoa humilde é aquela que sabe que não sabe tudo, uma pessoa humilde é aquela que tem seu ponto de partida para o autoconhecimento. E cita Sócrates, dizendo “Conhece-te a ti mesmo”, olhe para si mesmo e veja que é limitado, essa é a primeira coisa a se fazer – reconhecer que não se é capaz de fazer todas as coisas.

O Dr. deixa claro aos Líderes que ter pessoas que saibam mais do que eles protegem a capacidade deles, pois ser representado por profissionais de excelência garante a sua permanência e excelência na execução de tarefas. Enfim, segundo o Cortella, não há democracia onde se há donos, pode haver liberdade de voz, mas onde há donos não o há, pode-se ser participativo, mas, nunca democratizado.

Concluo que, em São Paulo, a ênfase é no Desenvolvimento Humano e nas relações com pessoas, havemos de nos atualizar enquanto profissionais, mas, principalmente como seres sociais, como seres que se relacionam, e, a partir daí, ressignificarmos valores e estabelecermos uma nova forma de tratar as pessoas com quem nos relacionamos, estabelecendo assim relações saudáveis em todos os âmbitos das nossas vidas, o sucesso será uma consequência.

 

Por Fabiana Campos dos Santos, acadêmica em Administração de Empresas, pela UNIP – Universidade Paulista, Consultora Comportamental e Organizacional, Ativista nos Movimentos de Igualdade Social, Feminismo.

 

Pablo Nogueira

Jornalista, fotógrafo, editor chefe do portal InterativoMS e apaixonado por inovação e política.

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